O dreno financeiro que paralisa o país: a farsa do déficit
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O dreno financeiro que paralisa o país: a farsa do déficit

Artigo curto que resume os pontos essenciais do dreno financeiro que paralisa a economia brasileira, em particular os juros (sobre a dívida pública, pessoas físicas e pessoas jurídicas), a evasão fiscal, e o sistema tributário que isenta grandes fortunas, lucros e dividendos, exportações primárias e semelhantes. O essencial da visão apresentada, é que o dinheiro que é nosso, tanto o que está no Estado como nos depósitos bancários, tem de voltar a financiar a economia, em vez de alimentar rentistas.
Autor
Ladislau Dowbor
Tamanho
6 páginas
Originalmente publicado
Cofecon / Le Monde Diplomatique
Data
10 de junho, 2023

A questão das taxas de juros, das finanças em geral, é misteriosa para a maioria das pessoas. Mas o resultado é simples: montou-se um grande dreno por meio da taxa Selic, da tolerância da evasão fiscal, das renúncias fiscais, das isenções sobre lucros e dividendos, da lei Kandir, da não aplicação do ITR, e em particular das taxas de juros absurdas cobrados pelos bancos, sobre as famílias e as empresas.

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Aqui, simplesmente juntamos as peças: drenaram as políticas públicas (saúde, educação, infraestruturas), a capacidade de compra das famílias (juros sobre pessoa física) e a capacidade de investimento das empresas (juros sobre pessoa jurídica). Os proveitos vão todos para o mesmo endereço, os bancos e outras corporações financeiras, a chamada Faria Lima.

Não há como entender a luta política atual sem entender para onde vai o dinheiro. Acredite, é simples.

10 respostas

  1. Texto excelente que nos revela o real país que vivemos.
    Quiçá pelo menos 50% dos brasileiros venham entender isso, o país será outro.

  2. Como seria bom se pudéssemos ter um texto informativo como este nos grandes jornais, impossível, mas pelo menos consigo indicar ele nas colunas da Folha : ).

  3. Como um lençol a se dilacerar, de um lado os mercados, insano e inconsequente, com foco e fome em sangrar o estado brasileiro, aumentar a incapacidade de crescimento com o mínimo de equilíbrio social, do outro o novo governo buscando soluções mínimas de diminuir as desigualdades ampliadas nós últimos anos, tendo que lidar. Com a importância de uma frente ampla de governo, mas sem perder sua identidade.

    Temos muito a aprender e experimentar neste momento de terra arrasada.

  4. Muito bom o artigo, Professor Ladislau! Comprei o seu livro ” A era do capital improdutivo”, e o li em uma sentada, por tratar-se de um livro que esclarece de maneira simples temas complicados. Sempre acompanho suas entrevistas na internet, pois sabemos que a “grande imprensa” , jamais o convidará para “explicar o óbvio”.
    Um forte abraço, Professor

    1. Cortando a mamata do cartão corporativo que pagava silicone, lanche e gasolina para geral, com certeza já é um bom começo, você não acha ?

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