Ao Norte, créditos ilimitados e bem-estar social. Ao Sul, endividamento e o inferno da “austeridade”. Mas vírus é ameaça mundial – e saídas devem ser coletivas. Uma delas pode vir de lugar improvável: os bilhões da reserva do FMI
Delayed vaccination of people across the world increases possibilities of virus mutation, reducing the ability to control the pandemic even in rich countries that have bagged vaccines. “The advanced countries learned, even if briefly, that austerity is counterproductive.” All of this can be done quickly if political leaders in the developed world recognize that no one is safe until everyone is safe and that a healthy world economy is not possible without recovery in its poorer parts.
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Em entrevista à Revista Sesc, Dowbor debate contradição central de nosso tempo: produção imaterial permite enfrentar desigualdade e multiplicar cooperação. Mas a lógica da exclusão e do monopólio contra-ataca – com barreiras e superpoder das finanças
O dinheiro do governo é o nosso dinheiro. Saber o que acontece com ele é essencial, e não é complicado. Digo isso porque tanta gente vira as costas quando aparece o primeiro cheiro de números. Aqui não tem nada de complicado. Os volumes são grandes, mas a conta é simples, ainda que seja apresentada usando termos que os não especialistas têm dificuldade em entender.
Em termos de governo, o Brasil se caracteriza por uma balbúrdia total em relação à capacidade organizada de enfrentar a pandemia. Precisamos de uma liderança forte e clara, unificadora da nação, já que trata de nosso desafio comum. O que temos, porém, é evidentemente um vazio de poder, brigas de egos e encaminhamentos e recomendações contraditórios.
O teto de gastos, a perda de direitos trabalhistas, o retrocesso na Previdência, os ataques às organizações da sociedade civil, o congelamento do salário mínimo e do Bolsa Família e outras medidas tiveram como denominador comum o travamento da renda e do acesso aos bens de consumo coletivo pelo grosso da população, enquanto se expandia radicalmente o lucro dos bancos e dos grandes aplicadores financeiros. Foi justamente isso o que paralisou a economia.
A economia está parada. Há 50 milhões de desempregados e precários. A fome voltou e os sem-teto estiram-se nas calçadas. Duzentos homens engordam suas imensas fortunas, sem nada produzir. Coincidência? Como nos livraremos deles?
Com a caótica globalização, a financeirização generalizada e tecnologias transformadoras, estamos todos à procura de novos caminhos. A destruição ambiental e a desigualdade explosiva demandam uma reorganização dos processos decisórios da sociedade. Aqui apontamentos sobre novos rumos.
Escolhido para a Entrevista do Mês dos Aliados da Pública, o economista Ladislau Dowbor alerta: na era do capitalismo improdutivo, caminhamos em ritmo acelerado para um desastre.
Nossa era é de fake-news mas também de fake-jornalismo na grande mídia comercial. Temos de enfrentar uma impressionante indústria com capacidade de nos fazer pensar qualquer bobagem, e nos fazer acreditar que pessoas com “bom senso” pensam como nós. O que apresento aqui, através da descrição de como eu organizo a minha informação, indicações de fontes confiáveis, nacionais e internacionais, bem como dicas práticas de gerenciamento de tanta informação que recebemos.
O planeta está sendo destruído e o que se vislumbra não é consumo mais inteligente e sim expansão do consumismo irresponsável. A violência se espraia, e a solução seria disseminar mais armas. O homo demens transforma a burrice em bandeira.
Estamos lentamente progredindo na compreensão da complexidade do sistema corporativo que, para o bem ou para o mal, hoje nos rege. De um lado, no plano intracorporativo, o gigantismo leva a burocracias inextricáveis, gerando um comportamento caótico e riscos sistêmicos. De outro, os mesmos gigantes estão se dotando de estruturas de articulação intercorporativas que muito se assemelham a governos no sentido de exercício de poder político direto.