Estamos todos conectados, o que nos permite ter acesso a tantas coisas, mas que no sentido inverso permite que governos, bancos, corporações tenham acesso a tudo que fazemos, e isso se tornou uma indústria.
Os algoritmos permitem o seguimento individualizado das pessoas, gerou-se a sociedade vigiada. A maior parte das pessoas está desatenta à vigilância permanente exercida por corporações e Estados por meio das novas tecnologias, que se tornaram onipresentes em nossas vidas.
Acredita-se que os cidadãos comuns não incomodam os grandes poderes – e por isso não são alvos. Este livro alerta para a ingenuidade de tal crença. Ele mostra que os danos causados pela captura permanente de nossos dados vão muito além do risco de desvendar a vida íntima de cada um.
Está se gestando, em enorme retrocesso civilizatório, um mundo em que um pequeno grupo de atores controlará as escolhas individuais e coletivas: da roupa a vestir na próxima semana às decisões políticas que moldam o mundo.
Para evitar o desastre, é preciso compreender em profundidade os riscos – e enxergar as alternativas.
Sociedade Vigiada é uma obra indispensável para isso.
Confira abaixo o debate-lançamento do livro, ocorrido em 15 de outubro e o sumário da obra:
SUMÁRIO
A sociedade vigiada
Ladislau Dowbor
A privacidade como direito fundamental da pessoa humana
Waldir Ap. Mafra
A importância de regulamentar e proteger os dados pessoais
Vicente Argentino Netto
O homem nu: tecnologias de vigilância e os perigos para a democracia
Pedro Kelson
Invasão de privacidade: ferramentas de apropriação indébita
Arlindo M. Esteves Rodrigues
Privacidade digital
José Roberto de Melo Franco Júnior
Direito e economia política dos dados: um guia introdutório 118
Bruno R. Bioni e Rafael A. F. Zanatta