Eduardo Fagnani, da Unicamp, um dos melhores conhecedores da previdência no Brasil, explicita o absurdo das propostas atuais. É aritmética. Paulo Guedes quer recuperar, com a presente proposta, 1 trilhão em 10 anos. E quem vai pagar a conta não será quem deve, mas os idosos e outros que não têm armas para se defender. Faça as contas: só de isenções fiscais, estamos dando presentes de 350 bilhões de reais ao ano. A sonegação fiscal é da ordem de 500 bilhões. Os juros sobre a dívida pública, cerca de 400 bilhões (o “teto de gastos” exclui os juros). Só aqui já vamos bem além de 1 trilhão. Afirmar que “sem a reforma da previdência, o Brasil quebra” é uma farsa. E mais: resolver o problema sobre as costas dos mais frágeis é covardia. Veja o vídeo, 20 minutos não matam ninguém, os números estão resumidos a partir do minuto 14.