O “Oitavo Cipó” e o desafio da ação cooperativa de agricultores familiares (Vale do Guaribas, PI)
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O “Oitavo Cipó” e o desafio da ação cooperativa de agricultores familiares (Vale do Guaribas, PI)

Autor
Ladislau Dowbor
Tamanho
Originalmente publicado
Data

Dissertação de mestrado no Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB, dezembro de 2010 – orientador prof. Ricardo Toledo Neder. Contato: [email protected]

Trata-se de uma análise de um dos aspectos mais críticos e importantes de todo o esforço atual de erguer as partes mais atrasadas da economia brasileira. No caso, trata-se de comunidades pobres do Piaui, onde a Fundação Banco do Brasil desenvolveu ações de estímulo e inclusão produtiva através de duas cadeias produtivas, do mel e do caju. Claiton conviveu com as comunidades, acompanhou todo o processo, e transformou em dissertação de mestrado o conhecimento adquirido. Trata-se assim de uma pesquisa não “sobre” um problema, mas uma visão de dentro, amplamente participativa.

A análise em momento algum tenta pintar de cor de rosa um processo que é difícil, lento e complexo. Difícil porque enfrenta-se séculos de subordinação e de fatalismo, e de profunda desconfiança relativamente às ajudas que vêm de cima. Lento porque envolve mudança cultural,  não só dos hábitos produtivos, mas de um conjunto de visões sobre os processos produtivos, de relações com a terra, com os vizinhos, com os atravessadores, com os políticos. E complexo porque se o agricultor familiar assimila com rapidez tecnologias propriamente produtivas na sua unidade, a instalação de uma unidade de processamento no município, seja do beneficiamento do mel ou do caju, já envolve uma articulação com outros produtores, cultura associativa, perda de autonomia, nem sempre compensada pela possibilidade de escapar aos atravessadores.

No caso do sistema de armazenamento, embalagem e comercialização, o processo envolve um degrau mais amplo ainda, com sistemas de financiamento, de gestão de estoques e assim por diante. Trata-se de participar do sistema, o que envolve aprendizagem já não só de processos produtivos mais modernos na unidade familiar, mas das formas de participação em negociaçoes, pactuações, relacionamentos comerciais, cultura cooperativa.

É este processo de transformação que Claiton José Mello analisa, num texto enxuto, onde a teoria não entra como academicismo, mas como ferramenta para ajudar a entender os dilemas, as dificuldades. Para todosos que trabalham com desenvolvimento local, com Territórios da Cidadania, com a mobilização do que Milton Santos chamava de “circuito inferior” da economia, este pequeno estudo constitui uma excelente ferramenta de trabalho. Para obter o texto, contacte diretamente Claiton Mello, [email protected]

Autor: Claiton José Mello

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