Ícone do site dowbor.org

ONGs e Educaçãoi: novas possibilidades Educativas?

Tese de Doutorado na Faculdade de Educação da USP, defendida em Agosto de 2003, e orientada por Lúcia Bruno, 235 p.

Disponível na Biblioteca da Faculdade de Educação da USP, ou com a autora, e-mail janette9@bol.com.br

Janette cruza quatro personagens: a escola, as atividades complementares (esporte, arte, cultura etc.), ONGs organizadoras de experiências inovadoras de educação (Cenpec, Abrinq), e ONGs que implementam programas inovadores como o projeto Aprendiz ou o projeto Ação Educativa. O resultado é extremamente interessante, pois nos leva diretamente ao cerne da imensa dificuldade do universo escolar em se transformar, em inovar nos processos educativos, em se vincular efetivamente com as comunidades. 


O pano de fundo são as imensas transformações na área das tecnologias da informação, a sociedade do conhecimento que emerge, os novos processos produtivos, enfim, uma revolução frente à qual todos os educadores comentam que “precisamos mudar”, e no entanto no essencial tudo segue igual.


As ONGs aparecem aqui, de forma muito interessante, como uma alavanca externa que ajuda o universo escolar a repensar os seus caminhos. As atividades envolvem tanto a aprendizagem do uso das novas tecnologias, como a inserção comunitária, a flexibilização de curriculos e assim por diante. É muito interessante como organizações da sociedade civil, menos controladas por leis asfixiantes, mais ágeis na inovação, com mais liberdade de ação, podem ajudar as escolas a encontrar este fermento externo que ajuda a mudar internamente.


As atividades complementares podem ser vistas, neste sentido, como cavalos de Tróia, e no melhor sentido: ao organizar atividades mais diversificadas, ao interagir com as comunidades vizinhas da escola, ao envolver pais, empresas, crianças de rua – enfim, os espaços sociais locais – abrem as possibilidadss de repensar as próprias rotinas e conteúdos escolares.


A tese foi considerada excelente pela banca, que recomendou a sua publicação. Aliás, a banca incluiu um leque diferenciado de áreas científicas como um economista (Ladislau Dowbor), um pesquisador do Terceiro Setor (Luis Carlos Merege), um sociólogo polivalente como Pedro Jacobi, um matemático como Nilson Machado. E evidentemene a profa. Lúcia Bruno, que deve ter-se divertido abrindo novos caminhos com a sua orientanda. Se divirta também, vale a pena a leitura.


 


 


 

Autor: Janette Brunstein

Sair da versão mobile