O capitalismo está mudando em profundidade. As características essenciais do capitalismo industrial estão sendo deslocadas. Na base das rupturas está a evolução para a economia imaterial, que gera novos tipos de controle (da informação mais do que das máquinas), de organização empresarial (mais plataformas do que fábricas), mais empregos fragmentados do que trabalhadores assalariados formais. Um denominador comum é que toda a máquina que passou a controlar o sistema hoje não está mais na mão de produtores, mas de intermediários dos mais diversos tipos, em particular dos sistemas digitais e financeiros. Um outro mundo está nascendo, e o presente artigo, de Stefano Quintarelli, com amplos traços gerais, constitui um esboço particularmente interessante do nosso futuro. Estamos nas mãos de intermediários.