Tanto os avanços da sociedade nos anos 2003 a 2013, período que o Banco Mundial qualificou de Golden Decade da nossa economia, como o desastre que se seguiu, intrigam pelo contraste.
A leitura dos promotores do golpe, de que as políticas sociais e econômicas de inclusão geraram a crise, constitui um engodo ideológico, narrativa da boa dona de casa que deve gastar apenas o que tem, e que foi martelada incessantemente na mídia dominante. Aqui se trata de mostrar os mecanismos. E não são misteriosos.
O presente artigo mostra como funciona o ciclo virtuoso em que a demanda de massa dinamiza a atividade empresarial e o emprego, sendo que ambos geram receitas para o Estado, equilibrando o processo. E mostra como juros exorbitantes endividaram as famílias, as empresas e o Estado, desequilibrando o conjunto. Finalmente, veremos a deformação do sistema tributário e da fiscalidade em geral, que explica como o marasmo se perpetua. Numa economia em que fazer aplicações financeiras rende mais do que o investimento em bens e serviços, o resultado é justamente o capital improdutivo e o travamento do conjunto.
Pra citar: Revista de Desenvolvimento e Políticas Públicas – v. 1 n. 2 (2017) – ISSN: 2447-360X – p. 154-69, publicação abril de 2018
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A íntegra da REDEPP, Revista do Departamento de Economia da Universidade de Viçosa pode ser acessada aqui.
– Prof. Ladislau Dowbor
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Uma resposta
As reflexões do prof. Ladislau são brilhantes, li muito o que vem escrevendo, mudou minha visão de mundo, me ensinou que sem conhecimentos básicos de economia não conseguiremos entender a realidade hoje. O prof. Ladislau está de parabéns, enquanto tem um monte de picareta no yuotube com o discursinho sobre ética e outras bobagens, ele vai fundo para esclarecer o que realmente interessa para analisarmos a realidade brasileira.