Também publicado por Leonardo Boff Outras Palavras Carta Maior Luis Nassif cienciaemeioambiente
O artigo está disponível na revista Estudos Avançados da USP https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142015000100263&lng=pt&nrm=iso
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Abaixo o texto publicado no Le Monde Diplomatique Brasil:
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9 respostas
Caro Ladislau.
É muito comum hoje nas lojas a venda ser feita tanto a prazo – exemplo em 12 prestações – quanto a vista pelo mesmo preço. Isso é uma estratégia da loja? Quando solicitamos levar a vista eles ou dizem que é o mesmo preço ou dão um abatimento irrisório……como entender mais esse estranho caminho do dinheiro??
Atenciosamente Maurício Corrêa
Maurício, eles simplesmente embutem os juros no preço final, e dizem que é sem juro, o mesmo preço à vista ou a prazo. O Akatu publicou, com iniciativa do Helio Mattar, uma cartilha com os cálculos para você saber quanto está pagando de juro embutido. É uma forma a mais de empurrar as pessoas para o crédito, são empresas que em vez de prestar serviços comerciais se transformaram em intermediários financeiros. O controle público é difícil, pois a visão que domina é que se o cliente foi informado do preço final, cabe a ele aceitar ou não. E o combate aos cartéis é praticamente inexistente no Brasil. Abraço, Ladislau
Objetivamente, em linguagem popular, qual é a solução para nossa economia? Se um Governo soberano não tem força para mudar o sistema financeiro que é praticado e vigora no seu país, como poderemos querer e exigir dos governantes que a politica economica adotada funcione? Na verdade pelo que o Professor diz, entendo que não adianta qualquer equipe econômica, por mais preparada e competente que seja propor qualquer plano de crescimento eficiente para o país sem que se defina novas regras para o setor financeiro/crédito? E porque os nossos economistas da equipe econômica do governo não falam sobre estas barbaridades? Cadê o PT social?
Caro Ladislau, não acha que é irrelevante a taxa SELIC valer 8, 10, ou 12,5% ao mês se os bancos e financeiras cobram múltiplos aleatórios desses valores? Há juros de 60% ao ano, 120% a.a. e até 280% anuais. Qual a correlação ente uma coisa e outra? Só usando equações complexas pra justificar que um incremento de 0,5% na taxa pública implique um aumento de 5 ou 10% na outra variável, a taxa privada …
Caro, a realidade é que não há relação, é um argumento fictício dizer que precisamos de uma Selic alta, portanto mais dinheiro para os intermediários financeiros, para conter a inflação. Na prática, os juros Selic baixaram muito desde os 25% da era FHC, e os juros dos bancos ao tomador final não baixaram nada. Abraço, Ladislau
Professor, se o pior inimigo do desenvolvimento do país não são os maus gastos do governo, mas o sistema financeiro, por que o governo não age contra isso? Por que então o governo os financia e os enriquece com aumentos da Taxa Selic? Por que não cria mecanismos para reduzir a taxa de lucro sobre o crédito? Enfim, por que ajuda esse sistema perverso e penaliza a classe média? Grato.
Caro, se trata tão simplesmente de relação de poder. Não à toa a Europa e os Estados Unidos se dobraram. Aqui qualquer tentativa de baixar a Selic leva a uma campanha orquestrada de previsão de alta de inflação, o que leva muitos agentes econômicos a elevar preventivamente os seus preços, confirmando as “previsões”. É queda de braço, com força interna combinada com o sistema internacional, que ganha muito neste sistema. Veja no artigo completo as propostas no final do artigo.Estou convencido que enquanto não houver muito mais gente entendendo como estamos sendo depenados, continuará a força que diz que todo o problema é o gasto excessivo do governo, na linha do Inst. Millenium articulado com a mídia comercial. Um abraço, precisamos de mais gente que pense isto.
Professor,
Onde tem-se “Tomando os dados de junho 2014, constatamos que os intermediários financeiros cobram também 238,67% no cartão de crédito, 159,76% no cheque especial, 234,58% na compra de automóveis.”
Deveria ser … 23,58% na compra de automóveis.
Caro, corrigido, obrigado pela nota.
abraço, Ladislau