Tese de Doutorado em História Econômica da USP, orientação da professora Raquel Glezer, 2005 – banca com os professores Alcindo Gonçalves, Silvia Maria Schor, Wilson Barbosa e Ladislau Dowbor
Avaliando indicadores – Pascoal Vaz tem uma longa trajetória que cruza tanto a grande empresa (Cosipa) como a administração pública (prefeitura de Santos, com David Capistrano), e descreveu um trabalho metodológico que ajuda muito a entender os nossos instrumentos de avaliação de políticas. O trabalho é amplo e não cabe aqui tentar resumir, apenas puxar para duas idéias que são particularmente importantes: a primeira, é que a forma de cálculo do IDH, que nos leva a uma média de qualidade de vida, é reconhecidamente deformadora, num país de extremos. Na visão de José Pascoal, além de apresentar o IDH do país, deveríamos apresentar o grau de desigualdade (o espectro de IDH por segmentos sociais) que este IDH geral representa (ver em particular a p. 185). A segunda, é o conceito de produtividade social, ou de produtividade sistêmica (ver páginas 180 e seguintes), que consiste em calcular o impacto geral de um conjunto de iniciativas, num território determinado, em termos de alocação racional de recursos. A visão de José Pascoal é fortemente centrada na necessidade de se reduzir a desigualdade, prioridade absoluta para o Brasil se desenvolver. Quem não concordaria? O estudo é tecnicamente muito bom, mas volumoso, e sugiro que o melhor procedimento para quem se interesse pelo tema seria contactar diretamente o autor, agora Doutor.
Autor: José Pascoal Vaz